31 agosto, 2010

Pencil Art




Para quem lê só o título, é fácil se enganar pensando que o post se trata de um escritor ou desenhista, mas a arte em questão, de Dalton Ghetti, é na ponta do lápis, literalmente.

O artista e carpinteiro brasileiro, com residência nos Estados Unidos, esculpe pontas de lápis desde que era criança, na escola. Apontando seus lápis com uma lâmina de barbear, ele descobriu e se encantou com a textura macia do grafite, e desde então não parou mais.

Em seus trabalhos, Ghetti não usa lentes de aumento ou nenhuma tecnologia, apenas as lâminas de barbear e agulhas de costura. Ele procura sentar sob luz bem forte, de preferência do sol, e só trabalha nas esculturas durante uma hora e meia por dia, para poupar a vista.

Ghetti pode levar meses e até anos para completar suas mini-esculturas. A mais famosa, Alphabet, de 2005, em que esculpiu todas as letras do alfabeto em pontas de 26 lápis, foi completada em dois anos e meio.

“Eu me interesso pelas coisas pequenas da vida – insetos, mariposas, aranhas. Passo um longo tempo observando-os. Tem todo um mundo microscópico por aí que as pessoas sequer notam”.

Atualmente, Dalton Ghetti trabalha em um projeto em homenagem às vítimas dos atentados de 11 de setembro, em Nova York, em que vai esculpir uma lágrima em um lápis para cada morto na tragédia. Ao todo, serão 3.000 mini-lágrimas que, juntas, formarão uma lágrima enorme. Ele estima que vá levar cerca de dez anos para completar o projeto.

“As pessoas vêem minhas esculturas e olham de novo, de mais perto, e dizem: ‘ah, tem algo aí’. Vivemos em uma sociedade de alta velocidade e não temos tempo para parar e refletir – é tudo vai, vai, vai. Eu espero que essas obras façam as pessoas pararem e se darem conta de que há beleza em coisas pequenas.” – finaliza o artista.

Suas obras hoje estão na exposição Meticulous Masterpieces: Contemporary Art by Dalton Ghetti, Les Lourigan e Jennifer Maestre, no New Britain Museum of American Art, em New Britain, Connecticut. Mas enquanto você não vai até lá, colocamos aqui, algumas obras para admirar.
































enviado por Mariherman

30 agosto, 2010

Tá quente... tá frio...




Quem nunca brincou de “tá quente-tá frio”? Se não está ligando o nome à brincadeira, deixe-me explicar: trata-se daquele jogo infantil em que a criança tem seus olhos vendados, e tenta encontrar algo através do tato, enquanto as outras crianças dizem “está quente” ou “está frio” de acordo com a proximidade da coisa que se almeja achar. A graça da brincadeira é dizer que tá quente, quando na verdade tá frio. O problema é que ninguém se segura, e acaba caindo na gargalhada, revelando assim o embuste.

Penso que isso sirva de analogia para a relação entre a igreja e a cultura. Como cristãos, cremos que tivemos nossos olhos desvendados, e fomos arrebatados do império das trevas para o reino da luz. Porém, o mundo ao nosso redor segue mergulhado na escuridão. Devo esclarecer que não me refiro aos cristãos nominais, cegos em sua presunção religiosa, mas àqueles que, de fato, foram encontrados e transformados pelo amor que emana de Deus, e que personalizou-se na figura histórica do Nazareno.

Como cristãos, não podemos fazer vistas grossas ao que acontece à nossa volta. As Escrituras dizem que as nações andariam à nossa luz. Compete-nos, portanto, ajudar àqueles cujas vistas parecem estar ainda vendadas.

É claro que entre os ‘vendados’, há os que estão ‘quentes’ e os que estão ‘frios’ em sua busca. Isso pode ser facilmente percebido através de expressões culturais, seja na música, na poesia, na dramaturgia, nas artes plásticas, e até na ciência. Como também pode ser percebido na práxis adotada por cada um.

Em seu discurso no Areópago de Atenas, Paulo resume a verdade bíblica magistralmente. Ele afirma, sem medo de errar, que o Deus desconhecido a quem eles dedicaram um altar, é o Criador do Mundo e de tudo quanto existia, e que não carece de ser servido por mãos humanas. Também diz que ele mesmo havia estabelecido as nações, ordenando de antemão quais seriam seus limites geográficos e históricos. Segundo o apóstolo dos gentios, “Deus fez isto para que o buscassem, e talvez, tateando, o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós” (Atos 17:27).

Após esta contundente declaração, Paulo cita os poetas/filósofos gregos: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos. Como também alguns dos vossos poetas disseram: Somos também sua geração” (Atos 17:28). Seria como se um pregador de nossos dias resolvesse citar um autor secular famoso em um de seus sermões. Quem bom que Paulo não estava se dirigindo a crentes legalistas de nosso tempo, se não, estaria se metendo numa encrenca das boas.

Em outras palavras, era como se o apóstolo dissesse: Está quente! Vocês não estão longe d’Ele. Estão chegando cada vez mais perto. Mas estou aqui para desvendar seus olhos para que finalmente vocês O encontrem.

Se fossem alguns pregadores de hoje, aquele altar teria sido derrubado num verdadeiro show de exorcismo e desrespeito à crença alheia. É difícil falar disso e não lembrar do episódio em que o bispo da igreja universal chutou a imagem de uma santa católica em pleno programa de TV. O que teria feito Paulo numa situação daquela? Teria xingado a imagem? Creio que não. Em vez disso, teria dito: Maria, a mãe do Salvador, por quem vocês têm tamanho respeito e devoção, foi quem disse acerca de seu Filho: Fazei tudo quanto Ele mandar. E por aí, Paulo conquistaria o coração até do mais fervoroso devoto mariano.

Imagine um pregador de hoje ter a ousadia de citar Chico Xavier para anunciar as boas novas aos espíritas? Ou ainda: que tal citar Maomé para introduzir a mensagem de Cristo aos muçulmanos? Ousado, não?

Mas a gente prefere gritar: Tá frio! Vocês estão completamente errados em sua fé! Chico Xavier era apenas um embuste! Maomé era um falso profeta! Buda não passava de um glutão safado!

E o pior é que com esta postura, estamos cada vez mais afastados daqueles que realmente necessitam conhecer a Luz do Mundo. E enquanto atacamos os que julgamos estar frios, nós estamos nos amornando, como a igreja dos laodicenses. Achamo-nos tão perto, e não percebemos o quanto estamos nos distanciando da verdade, na mesma medida em que nos distanciamos do amor. Tão perto, mas tão distante. Bom seria se déssemos ouvidos à advertência de Jesus à igreja de Laodicéia: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem qunte, vomitar-te-ei da minha boca. Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas.” (Apocalipse 3:15-18).

Bem que podiam ter dormido sem esta! Não se enganem. A carapuça cabe em nossas cabeças. Achamo-nos tão ricos, que jamais aceitaríamos que a cultura ao nosso redor tivesse qualquer contribuição a dar. Fechamo-nos hermeticamente em nosso mundinho gospel, a ponto de deixarmos de fora o próprio Jesus, que insistentemente bate à porta, conclamando-nos a cear com Ele. Aliás, Jesus toma a realidade social e cultural da cidade Laodicéia como analogia do estado espiritual em que aquela igreja estava. O colírio, por exemplo, era produto daquela região. Eis o exemplo de uma espiritualidade engajada com a realidade, aberta ao diálogo respeitoso, sem contudo, abrir mão da verdade do Evangelho.

Penso que nosso maior problema é com a presunção. Somos os santos, os eleitos, os sabichões, e que, ainda por cima, têm que aturar este monte de gente pecadora. Cabe aqui a reflexão certeira de Tomás de Aquino: “A santidade não consiste em saber muito, meditar muito, pensar muito. O grande mistério da santidade é amar muito." Tenho a impressão de que muitos cristãos contemporâneos estão entre aqueles para quem Paulo declara: “Confias que és guia dos cegos, luz dos que estão trevas, instruidor dos nécios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?”(Romanos 2:19-21a).

Que tal se mirássemos nossas críticas mais ferrenhas em nossa própria direção, e olhássemos com mais amor e compaixão aqueles que nos rodeiam?


reblogado de Genizah

cUras, cUras e mAis cuRaS




Farei uma confissão: Ouço programas evangélicos, quando estou no transito sou acompanhado por algum pastor neopentecostal. A “memória 2” do som do meu carro é só de rádios evangélicas. Hoje isso soa como confissão de pecado. Esses programas são mal feitos, a maior parte do tempo é utilizado para a oferta com o fim de “permancer no ar e continuar sendo uma benção”.

Meus amigos não entendem porque eu faço isso, mas todo drogado é assim, ele sabe que faz mal, mas...

Com esse (péssimo) hábito ouço muitas pregações sobre sucesso, testemunhos de vitória financeira (“você pode tudo”) e cura. Mas é cura de dor nas costas, no braço, na unha... Eles não curam síndrome de Down, Alzheimer e nem vão ao GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Por que? O deus que cura dor nas costas não cura câncer? Estranho, no mínimo estranho.

Karl Marx acertou, a religião é mesmo “o ópio do povo”. É isso que o povo quer, algo que anestesie a vida, quando o efeito dessa anestesia acabar (e acaba rápido) aplica-se outra e assim vai. Não se fala em coisas difíceis e derrotas, apenas em vitórias. Curas, curas e curas. Quem oferecer mais ganha mais oferta e fica mais tempo no rádio.

A função da religião não é fazer com que as pessoas se sintam bem. Então o que Deus nos dá? Amor? Sim, Deus nos ama, mas não deseja domesticar animais de estimação, dando alimento e carinho, antes ele deseja maturidade, pessoas livres que respondam a ele com liberdade.

E paz? Sim, Deus nos concede uma paz sem igual, porém não é paz que se dá quando deixamos de falar do que é ruim e doloroso. Há pessoas de todos os tipos ao nosso redor, crianças e pais, jovens e adultos, pessoas que estão sendo cruelmente maltratadas e violentadas, afligidas e desprezadas. Qualquer pregação sobre paz que dá as costas a estas situações é uma tremenda farsa.

Curioso esse fascínio pelas curas, desde os tempos de Jesus isso acontece. Jesus curou, operou milagres e maravilhas, mas quando pregou sobre a vida no reino de Deus ele não disse que os felizes eram os curandeiros nem os curados, quando Jesus falou sobre a vida feliz ele disse:

Felizes são os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os perseguidos (Mateus 5). Esses são felizes porque experimentam salvação, esses são felizes porque são sal da terra e luz do mundo.

Ser cristão não tem haver com cura nem prosperidade, ser cristão é cuidar do próximo é saber se relacionar com as pessoas vendo nelas a expressão de Deus (Mateus 25:34-45).

Na bíblia quem disse “tudo isso te darei se, prostrado, me adorares” foi Satanás. "Tô" fora.


reblogado de coNfrAria - viLLy fOmiN

26 agosto, 2010

O cristão na política: direita ou esquerda?




É muito difícil passar ideologicamente incólume pela universidade. O ambiente é bastante propício para engajamento político, que, em linhas gerais, pende para a esquerda, como todos nós provamos nos tempos da faculdade. Quando experimentei minha conversão em 1982, numa das salas da faculdade de direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, vivia-se a primeira eleição pós-ditadura para governador. Votar em Brizola era, então, uma questão de honra. O adversário era Moreira Franco, que disputava a eleição pela nova Arena – o PDS. Brizola começara com um índice insignificante nas pesquisas. Porém, a Globo cometeu o deslize de incluí-lo nos debates na televisão. O efeito foi instantâneo e impressionante. Brizola poderia ser um mau administrador, mas como debatedor na televisão era imbatível. Frasista inigualável, com um tirocínio impressionante, destruiu seus oponentes e logo assumiu a ponta nas pesquisas.

Aí vem minha conversão. Um colega de faculdade que me evangelizou levou-me à Comunidade S-8, então dirigida pelo pastor Geremias de Matos Fontes, falecido recentemente. Figura memorável e queridíssima, um homem profundamente comprometido com Deus. O "tio Gerê" fora deputado federal e governador do Estado do Rio de Janeiro, e, num passo corajoso, largara a política no auge do prestígio para responder integralmente ao seu chamado ministerial. Manteve, porém, em relação à política, uma visão conservadora na qual Brizola protagonizava uma ameaça à paz e à segurança do Rio de Janeiro e do país. Aí começou o meu primeiro drama político-espiritual. Recém convertido entrei em contato com uma linha que interpretava o embate político como uma guerra espiritual com lados definidos. E o mal era um abutre que voava com a asa esquerda. Aquilo me lançou na maior perplexidade, pois fiquei sem saber se devotava lealdade à minha nova experiência espiritual ou ao meu fervor estudantil.

Faço o relato para ilustrar a nossa tendência de identificar as tendências políticas com a realidade espiritual. Deus em política, pensamos, toma partido e se identifica com as nossas preferências ideológicas. O cristão mais identificado com a esquerda pensa que Deus também é de esquerda e acha sua cartilha muito mais humana, mais solidária etc., etc. O de direita também crê que sua opção é a mais compatível com sua fé, pois é quem mais defende os valores morais do evangelho, a livre iniciativa e por aí vai. E o pior não é isso. Quando chegam as eleições a batalha começa a tomar configuração apocalíptica.

Não é um dilema? Na verdade não deveria ser. As diversas correntes ideológicas servidas no mercado político querem nos convencer que será melhor para a sociedade se o Estado se posicionar desta ou daquela forma. São discussões sobre como o poder dele deve ser exercido sobre a sociedade. É importante, mas não deveríamos classificar os nossos irmãos em Cristo em categorias estereotipadas apenas porque eles não comungam de nossas preferências ideológicas (especialmente quando se vive num regime democrático, em que o poder do Estado sofre limitações constitucionais). Não deveríamos nunca, a esse respeito, impor convicções, mesmo porque o dissenso é o oxigênio da convivência política – aliás, de qualquer convivência saudável.

Além do mais, cristão não tem rigidez ideológica. Em política ele é um infiltrado. Conforme a causa em pauta estamos à direita ou à esquerda. Nosso compromisso é com a causa do evangelho, e na defesa desses valores podemos nos aliar politicamente a todos aqueles que se dispuserem a defendê-la no caso concreto, independentemente do lado para que pende ideologicamente a asa de nossos aliados. O velho e saudoso Schaeffer falava muito em co-beligerância, conceito que deveríamos lembrar nestes tempos bicudos de patrulhamento ideológico. Seria muita ingenuidade nossa imaginar que os valores do evangelho poderiam ser sequestrados por qualquer partido ou tendência ideológica. O nosso partido é o do evangelho, e o cristão que participa da vida política, seja como eleitor, seja como deputado, deve se lembrar sempre que a sua cidadania é essa, inscrita na cidade de Deus, e que por aqui somos peregrinos, que vamos salgando o terreno dentro daquilo que é possível para nós.


retirado de Ultimato por João Heliofar

Identidade - Vlog do Lu e Tero com Marcos Botelho




Quem é você?
Quem sou eu?
Como sabemos qual a nossa identidade?
Penso logo existo?
Não importa o que vão pensar de mim?
Todas estas perguntas os nossos amigos LU e TERO com Marcos Botelho não vão responder, mas vão dar sua opinião!

Se você tem conta no Youtube se inscreva no canal LUeTERO


reblogado de Marcos Botelho do JV

Óculos 3D de Deus




“Porque andamos por fé, e não por vista.” (2 Coríntios 5:7)

Fico imaginando a cena, Josué e Calebe chegando a entrada da cidade prometida... nos dias de hoje acho que seria algo como chegar a Nova York ou a Hong Kong ou até mesmo a São Paulo e saber que você iria dominar aquela cidade, teve uma sensação bizarra? Bom acredito que tenha sido essa a sensação que eles tiveram, muralhas incríveis, intransponíveis, assim como os arranha-céus que dominam todos os cantos de uma grande cidade. Imagino os gigantes, nunca vi um, mas já me senti intimida pela presença de uma grande autoridade ou por alguém muito maior que eu (é que como isso não muito freqüente, quando acontece me assusta, rs). Imagino os grandes frutos que essa terra podia dar, hoje não temos mais cachos de uvas que precisam ser carregados por vários homens, mas temos homens carregados de vários segurança, mulheres carregadas de jóias, carros carregados de equipamentos, todos fruto do trabalho nessa terra.

É de se intimidar, olhar tudo aquilo, todo aquele poder e ostentação, ainda mais se você é um escravo recém liberto, que fugiu dos seus dos seus dominadoes e que a única coisa que vivenciou da liberdade foi o deserto.

Mas eles não olharam para isso, não olharam as muralhas que se erguem, não olharam os homens que se mostram poderosos e também não olharam o fruto do seu poder, então para o que eles olharam?

Eu creio que eles olharam para o impossível, pois maior que ele somente o Deus que os colocou nesse caminho... um Deus que provou para o faraó que o lugar deles não era no Egito sendo escravo, que fez o mar engolir o seu passado, que com refrescância os guiava em um deserto quente durante o dia e durante a noite os guivava com uma coluna de fogo que esquentava em seu caminho com o calor quase materno, levando os protegidos pela noite, um Deus que os alimentou pela manhã com misericórdia e de noite com fidelidade (Salmos 92:2).

Eles não eram loucos nem cegos, se fosse Moises não os teria enviado, mas eles eram homens que haviam optado por ver tudo com os óculos 3D de Deus, a “Fé”, ela nos permite ver quão próximo as coisas que Deus tem planejado para nós, estão para acontecer, ela nos mostra a beleza das coisas que antes pareciam estranhas (ou impossíveis) e começamos a entender as coisas que antes pareciam borrões inexpressivos.

Vamos tentar colocar o óculos 3D de Deus e não tira-lo mais, vamos tentar entender que a murmuração não mudará o nosso caminho caminho, mas a Fé poderá mudar a sua história.

Desejo a todos um bom filme ou melhor uma boa vida!

Bjs


por Mariherman

25 agosto, 2010

Deus quer os pecadores?




Bom se você pensa que nem eu pensava provavelmente a sua resposta será: NÃO.
Antes de Deus falar comigo a respeito de quem ele tem buscado para trabalhar em sua obra eu achava que ele estava buscando pessoas perfeitas, prontas, mas não é bem isso que Deus tem buscado para trabalhar em sua obra.

Então quem ele tem buscado para trabalhar em sua obra?
É isso que nós vamos descobrir através desta palavra.

Em Lucas 19:1-9 encontramos a historia de Zaqueu, um publicano, e ele é um exemplo nítido de quem Deus tem buscado para trabalhar para ele e com ele.

O trecho já começa com uma um fato muito “engaçado”, ele diz que Jesus atravessava a cidade de Jerico, ou seja, ele estava lá de passagem, não tinha pretensões de permanecer por lá, porem Jesus acabou fazendo uma “paradinha” em Jerico. Porque? O que fez com ele para se naquela cidade?

ZAQUEU! Exatamente, o motivo da parada foi um homem chamado Zaqueu.

Quem era este homem?
Ele era um publicano, cobrador de impostos daquela época, por este motivo imaginasse que ele fosse um homem rico.
A bíblia diz também que ele era um homem de pequena estatura e devido a grande multidão que estava a sua frente não consegui ver Jesus.
O que isso quer dizer?
Imagine ser um cobrador de impostos do Império Romano, acho que provavelmente ele não devia ser uma pessoa muito querida por aquele região, imagine como ele devia se sentir em relação a isso.
A pequena estatura faz referencia a maneira como ele se via, pecador, pequeno.
A multidão que impedia de que ele visse a Cristo representa os seus pecados, o seu passado, a sua culpa, tudo aquilo que se punha entre ele e o mestre e impedia que ele conhecesse a Cristo.

Apesar da maneira como ele se enxergava e a distancia que o pecado causava entre ele e Cristo ele não desistiu de ver (conhecer) o mestre. Por isso ele subiu numa figueira brava para poder vê-lo passar. Essa figueira representa a fé, por apesar tudo ele creu que ele poderia ver o mestre.

Já no versículo 5 diz que quando Jesus passou por Zaqueu ele olhou para cima e disse Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje., ou seja, Eis-que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e, ele comigo.” (Apocalipse 3:20).

“Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria” é isso que diz no versículo seguinte. Zaqueu não falou para Jesus marcar para semana que vem, ou avisou-o de que ele era um publicano, não ele aceitou o convite mais do que depressa.

“Ele não pode ser usado por Cristo, esse cara não presta!”, “Ele dançava lá na TV e agora quer dizer que é Crente?!”, quantas vezes você já não ouviu uma frase parecida com esta? Foi mais ou menos isso que as pessoas falaram quando Jesus se hospedou na casa de Zaqueu.
É nós muitas vezes nos esquecemos que Deus não esta em busca dos sãos, mas sim em busca daqueles que precisam de ajuda (Mateus 2:17), e ele não que usar os que são capazes, mas aqueles que realmente dependem do mestre (I Coríntios 1:18-31).

A partir do momento em que Jesus entra na casa (vida) de Zaqueu ele toma atitudes importantíssimas, uma delas é que ele assumi que Jesus é o general da sua vida, ou seja, não é ele quem dá as diretrizes, e sim o Senhor quem comanda sua vida!

Por isso Cristo diz que naquele dia entrou salvação naquela casa.

Mas você ainda não esta convencido de que Deus tem lhe chamado para a obra?

Vou dar exemplos usando o perfil psicológico de alguns discípulos.
Mateus: Tinha péssima reputação, também era publicano e adorava festas.
Tomé: Inseguro (só acreditava no que via), era lógico, não tinha sensibilidade nem imaginação, era orgulhoso (o mundo tinha que girar ao seu redor) e desconfiava de tudo e de todos.
Pedro: Inculto, iletrado, intolerante, irritado, agressivo, indisciplinado, não suportava ser controlado, não era empreendedor, não planejava o futuro, era imperativo, ansioso, impunha e não expunha as sua idéias, não trabalhava as suas frustrações e repetia os mesmos erros com freqüência. (Só para lembra foi para este cara que Jesus disse: “Eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas de Hades não poderão vence-la”).

Bom acho que se fosse o Justos que tivesse que escolhe-los CONCERTEZA eles já estariam todos DEMITIDOS! Mas não Deus diz que ele “escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e o que para o mundo é fraqueza para envergonhar os fortes” (I Coríntios 1:27).

Portanto não esqueça Deus não tem buscado pessoas capacitadas, mas ele tem buscado pessoas dispostas!

Só por curiosidade, Judas foi o único discípulo que nunca foi criticado pelo mestre nas escrituras.

Pense nisso quando o diabo vier lhe dizer que você não é capaz. Pois esta é a mais pura verdade, mas lembre-se da melhor parte: é Cristo quem vai te capacitar!


por Mariherman

Esref Armagan




Esref Armagané um pintor cego. Sim, o artista nasceu cego, na Turquia, e faz pinturas com uma sensibilidade incrivel, sem saber que condiz com a realidade.

Premiado, o artista ganhou reconhecimento ao participar do documentário Os Super Humanos, no canal Discovery Channel.

















"Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a multiforme graça de Deus." (1 Pedro 4:10)


reblogado de Vida Marciana

'Não é piada, é a realidade'




Francisco Everaldo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, 45, provoca risos e indignação desde que a campanha eleitoral começou na TV.

Com o slogan "Vote Tiririca, pior que tá, não fica", ele vai às urnas para tentar uma vaga como deputado federal pelo Estado de São Paulo.

É a grande aposta do PR no pleito, tanto que ganhou a legenda de mais fácil memorização: 2222.

Folha - Por que você decidiu se candidatar?
Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.

De quem veio o convite?
Do PR.

Como foi?
Por eu ser um cara popular, eles acreditaram muito, como eu também acredito, que tá certo, eu vou ser eleito.

Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?

Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.

Quais são as suas principais propostas?
Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.

Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?
De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.

O que você poderia fazer pelos nordestinos?
Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.

Quem financia a sua campanha?
Então... o partido entrou com essa ajuda aí... e eu achei legal.

Você tem ideia de quanto custa a campanha?
Cara, não tá sendo barata.

Mas você não tem ideia?
Não tenho ideia, não.

Na propaganda eleitoral você diz que não sabe o que faz um deputado. É verdade ou é piada?
Como é o Tiririca, é uma piada, né, cara? 'Também não sei, mas vote em mim que eu vou dizer'. Tipo assim. Eu fiz mais na piada, mais no coisa... porque é esse lance mesmo do Tiririca.

Mas o Francisco sabe o que faz um deputado?
Com certeza, bicho. Entrei nessa, estudei para esse lance, conversei muito com a minha mãe. Eu sei que elabora as leis e faz vários projetos acontecer, né?

O que você conhece sobre a atividade de deputado?
Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.

Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?

Não, nada.

Quem são os seus assessores?
Nós estamos com, com, com.... a Daniele.... Daniela. Ela faz parte da assessoria, junto com.... Maionese, né? Carla... É uma equipe grande pra caramba.

Mas quem te assessora na parte legislativa?
É pessoal do Manieri.

Quem é o Manieri?
É... A, a, a.... a Dani é que pode te explicar direitinho. Ela que trabalha com ele. Pode te explicar o que é.

Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?
Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.

Esse slogan é um deboche, uma piada?
Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.

Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?
Não, de maneira alguma.

Quem é o seu espelho na política?
Pra te falar a verdade, não tenho. Respeito muito o Lula pelo que ele fez pelo nosso país. Ele pegou o país arrasado e melhorou pra caramba.

Fora ele...
Quem ele indicar, eu acredito muito. Vai continuar o trabalho que ele deixou aí.

Então você vota na Dilma.
Com certeza. A gente vai apoiar a Dilma. Ele tá apoiando e a gente vai nessa.

Não teme ser tratado com deboche?
Não, cara. Não temo nada disso. Tô entrando de cabeça, de coração. Tô querendo fazer alguma coisa. Mesmo porque eu sou bem resolvido na minha profissão. Tenho um contrato de quatro anos com a Record. Tenho minha vida feita, graças a Deus. Tem gente que não aceita, mas a rejeição é muito pouca.

Se for eleito, vai continuar na TV?
Com certeza, é o meu trabalho. Vou conciliar os dois empregos.

Em quem votou para deputado na última eleição?
Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.


retirado de Folha.com

24 agosto, 2010

Sejamos como crianças!




Certa manhã, o pai vai ao quarto de seu filho e, carinhosamente, chama:
- Filho, que tal darmos uma volta de bicicleta pelo bairro?
O menino, com olhos ainda sonolentos, marca de sáliva pelo canto esquerdo da boca, cabelo todo assanhado, e pijama amassado, empolgadamente, responde:
- Obaaa! Obaaa, pai!!!
O pai afirma:
- Mas não precisa se arrumar não, tá, filho!? Venha do jeito que você está!
E o filho, aliviado:
- Obaaaa, ta certo, pai! Estou pronto, então!

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É tão simples e explicativo esse pequeno acontecimento...
Pois é assim que deve ser!
É assim que devemos agir diante de um chamado do nosso Pai!
Ele nos chama como estamos!
Não precisa se arrumar!
Não precisar tentar melhorar antes!
Não precisar se lavar antes...
é do jeito que estamos!
É pra ir como você está, sem demorar, sem fazer hora, sem condicionar...sem temer!

"Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele." (Lucas 18:17)

Quando aquele filho cresceu e começou a entrar na adolescência, mudanças foram acontecendo... Quando seu pai ia até seu quarto aos sábados pela manhã chamar para o passeio de bicicleta, o filho demorava, queria melhorar sua aparência, ia tomar banho, vestir uma roupa legal, colocar gel no cabelo...

Devemos ser como crianças!
Não se preocupar com a aparência... se envolver apenas com o passeio, desfrutando de cada detalhe dele com o Pai!
Com Ele, não tem como o passeio não ser bom!


[Baseado em uma palestra de Breno Brilhante - Campina Grande - PB]


reblogado por Amazing Grace por Karol Guedes

Não temos medo de pensar. Temos medo de não amar.




Não temos medo de (re) pensar conceitos sobre Deus. Temos medo de não (re) amar como Cristo, quem na realidade não amamos: os mendigos, os pobres, os excluídos, os marginalizados, as crianças africanas, os homens e mulheres de Darfur.

Não temos medo de incertezas. Temos medo que nosso Amor deixe de ser nossa bandeira do Reino de Deus.

Não temos medo de não saber. Temos medo das certezas que prendem Deus a um esquema.

Não temos medo de questionar dogmas. Temos medo de que os dogmas impeçam a transformação de vidas.

Não temos medo do inferno. Temos medo de que nossas mãos se fechem, e não possam ajudar o nosso próximo a sair de sua existência-inferno. Ou pior, que as nossas próprias mãos sejam as quais o empurra para esta existência-inferno.

Não temos medo de devanear teorias loucas. Temos medo que a loucura desse mundo violento cegue nossos olhos a ponto de sempre que pararmos num farol, nesta cidade-sombria, fechemos nossos vidros para a sinceridade dos filhos da injustiça.

Não entendemos como problema sair do molde da teologia sistemática. Temos medo de sistematizar Deus e modela-lo a algum padrão.

Nós não temos medo de chorar por nós mesmos. Nós temos medo de que não mais choremos o choro dos outros.

Não sentimos culpas pelas nossas dúvidas. Mas pedimos que nos lembre sempre de amar como Cristo.

Não temos medo ter uma fé cheia de espelhos em enigmas e despedaçada, que não tem a
precisão de uma fé “face a face”. Temos medo de perder o que existe de mais precioso: Amar.

Não temos medo de balançar alicerces religiosos construídos por pensamentos humanos. Temos medo de perder a doçura e a simplicidade de Jesus.

Não temos medo de sermos rejeitados pela instituição. Temos medo da hipocrisia religiosa.

Não temos medo de sermos chamados de hereges. Temos medo de compactuar com o sistema religioso e seus interesses, e esquecermos de amar pessoas.

Não temos a pretensão que nossos argumentos tenham todos os versículos a favor, e assim entrarmos numa guerra de versículos. Temos medo que nós não cumpramos aquilo que Cristo chamou de o resumo da lei e dos profetas: Amar a Deus e ao próximo.

Não temos medo de nos manifestar a favor de alguém. Desde que esse alguém não se esqueça que o conceito central do cristianismo é o amor.

Aprendemos que não podemos ficar presos às amarras da religião e da instituição.
Aprendemos que Deus está acima da religião.
Aprendemos que no Reino não importa o que se pensa, importa o que se ama.
Aprendemos a olhar pessoas como “filhos de Deus”, e amá-las incondicionalmente.
Aprendemos que qualquer um que tenta abrir os olhos de pessoas encabrestadas pela religião, acaba sendo queimado na fogueira da instituição.

Estamos seguros que o Verdadeiro Amor lança fora todo medo, e por isso não temos medo de caminhar com alguém que nos ensina a lidar responsavelmente com a liberdade do amor.


reblogado de Fora da Zona de Conforto!

O evangelho não é chiclete por Sonny do P.O.D.

Sonny Sandoval do P.O.D. pregando sobre Pedro - legendado em português (BR) from Rodrigo Marietto on Vimeo.



Nesse pequeno vídeo, Sonny Sandoval, vocalista da banda P.O.D., fala sobre seu entendimento do que é o evangelho, baseando-se no relacionamento entre Pedro e Jesus.

Veja também o testemunho dele no vídeo abaixo:




por Gutojardim

22 agosto, 2010

Newsboys - Born Again

"Born Again" *Official Music Video* from newsboys on Vimeo.



I found myself looking into the mirror
Knew I wasn't who I wanted to be
I was living like the way that I wanted
But my eyes reminded me I'm not free.
Believed that I saw everything that I know
Says I got to go, tired of going solo
But I'm never gonna go there again.

This is what it is
This is who I am
This is where I finally take my stand
I didn't want to fall
But I don't have to crawl
I'm not the One with two scarred hands
Giving him the best of everything that's left of
The life inside this man
I've been Born Again

I see you walking like your living in fear
Having trouble even looking at me
Wishin' they would give you more than words
Sick of people telling how it should be (how it should be)
Whats your down load, where'd you get your info, you saw that I'm show now your in the inload
Gonna tell you what I believe

This is what it is
This is who I am
This is where I finally take my stand
I didnt want to fall
But I don't have to crawl
I'm not the One with two scarred hands
Giving him the best of everything that's left of
The life inside this man
I've been Born Again

We are the ones they call by name
(I'm never gonna look back)
Let go let go the guilt the shame
(Said I'm never gonna look back)
This is who I am

This is what it is
This is who I am
This is where I finally take my stand
I didn't want to fall
But I don't have to crawl
I'm not the One with two scarred hands
Giving him the best of everything that's left of
The life inside this man
I've been Born Again


20 agosto, 2010

No rosto do velho




No rosto do velho eu vejo poesia
No rosto do velho eu vejo a poesia
A poesia da vida.

Vi a marca a marca do sol que alegrou o seu dia
A estampada da lagrima que um dia corria
Vi a poesia da vida.

No rosto do velho o traço de quem muito sorriu
A linha na boca de quem cantou com os pássaros em um assobiou
No rosto do velho há poesia

No rosto do velho a marca do tempo
O tempo que passa e deixa lembranças
No rosto do velho

Que bom ver o velho que vejo, que mostra de cara como viveu
Aquele que não apagou a marca do riso e nem o traço de quem já sofreu
Mas deixou o tempo estampado no rosto, deixando na cara que já viveu

Por isso eu digo que é belo, o rosto do velho
Que mostra lembranças
O rosto do velho.


por Mariherman

19 agosto, 2010

Saindo de casa




"Amar é mudar a alma de casa" Mario Quintana

Algumas frases logo quando as escutamos ou lemos, de bate-pronto vão de encontro as nossas mentes, como se soubessem que de lá já fazem parte, mesmo que não tivéssemos a noção da existência delas, elas ficam de um lado para o outro quase que dançando em nós, até que enfim encontram o sentido, e fazendo morada em nós. Essa frase do Grande poeta Mario Quintana é um exemplo disso pra mim. Logo que coloquei os olhos nela, ela se encontrou em mim, como se tivesse uma certeza semelhante, ou mesmo idêntica dentro do meu ser, e de fato há.

Mas ao mesmo tempo que ela encontrou morada em mim, me fez refletir sobre essa certeza, que a ela atraiu.

Amar é mudar a alma de casa, mas mudar pra onde e por que?

Amar é sair de sua casa, de onde você encontra segurança, abrigo e conforto, amar é romper com as barreiras que as paredes de sua casa impõem, é se despir de toda a sua suposta segurança com barreiras ao seu redor, e se alçar em outras direções, é nunca se fechar em si.

Talvez fosse isso que Jesus quisesse dizer quando falou que não tinha casa, e foi isso que Ele demonstrou em toda a sua vida, ao se lançar pra o encontro de outros, se despindo de toda e qualquer segurança que muros pudessem dar.

Amar é a mais bela e mais profunda forma de protesto, é um grito no silencio para uma sociedade que se mantém calada e omissa, escorada em seus próprios muros que separam a todos. Talvez seja por isso que Ele chocou tanto as pessoas de sua época, porque foi um grito tão forte e potente que os ouvidos das pessoas acostumados ao silencio não podiam aguentar, e tentaram calar, e quando o fim desse desse grito se anunciou, como disse Pedro nem a morte pode conte-lo, e ressurgiu ainda mais forte, e ecoa até hoje.

Esse é o Amor que Paulo não pôde definir como sentimento humano mas como dom de Deus de tão divino e sobre-humano que é. Esse é o Amor daquele Homem humilde de Nazaré, e não esse sentimento enlatado que se vende nas prateleiras das emoções vazias.


retirado de Alguém como eu por Isaac Palma

Atores cegos e surdos viram a sensação do teatro israelense




Encenada com a ajuda de tradutores, a peça 'Não só de pão', do Grupo Nalaga'at, já foi vista por mais de 150 mil pessoas

TEL AVIV - As portas do teatro se abrem e, no palco, 11 pessoas amassam uma mistura de farinha, água e fermento. Enquanto o público vai se acomodando, os atores, vestidos de chefes de cozinha, forjam no trigo o milagre do pão, que, no final da apresentação, recém-saído do forno, irá fartar a plateia. A curiosidade é fermentada por um detalhe: a peça israelense "Não só de pão" é encenada pelo grupo teatral Nalaga'at, o único do mundo formado apenas por atores simultaneamente surdos e cegos.

Engana-se, no entanto, quem espera um espetáculo recheado de autocomiseração ou um show de esquisitices. Em uma hora e meia, tempo que leva para assar o pão, a peça relata sonhos, aspirações e experiências pessoais dos atores surdo-cegos com muito bom humor e joie de vivre. Os tópicos podem ser pesados, como solidão, escuridão e silêncio. E os sonhos podem parecer banais, como ver TV, jogar futebol e ir ao cinema. Mas o espetáculo trata tudo isso com delicadeza e sem melancolia.

Tambores marcam as cenas

Uma equipe de oito tradutores ajuda o público a entender o que está sendo contado, além de acompanhar os atores pelo palco. Os ajudantes também dão o ritmo do espetáculo ao bater tambores que, sentidos pelos atores, servem de deixa para a próxima cena.

Em três anos de montagem, o espetáculo já foi assistido por mais de 150 mil pessoas, em Israel e no exterior. No mês passado, o grupo fez 12 apresentações em Londres e foi aclamado pela crítica local. "Cegos, surdos e brilhantes", decretou o jornal britânico "Telegraph". Para Adina Tal, diretora da peça e fundadora do Nalaga'at ("Toque, por favor", em hebraico), o segredo do sucesso é o justamente tratar atores e público com respeito, sem apelações.

- Não encaro ninguém de maneira especial. Ao contrário: sou mais severa com os atores surdos e cegos do que jamais fui com outros pupilos. Não sou nenhuma Madre Teresa - conta a diretora, de 57 anos, nascida na Suíça, mas que mora em Israel desde os 20 anos de idade. - Me apaixonei por esses atores porque vi que tinham potencial. Como eles, descobri que não há limite para o espírito humano.

A experiência no palco é descrita pelos atores como libertadora.

- Minha vida mudou depois que comecei a atuar. No palco, me sinto livre. E isso se reflete também fora dele - explica ao GLOBO Bat-Sheva Ravenseri, de 40 anos, mãe de três filhos, que nasceu surda e perdeu a visão na juventude. - O que queremos é que as pessoas conheçam nosso mundo e o respeitem - completa a atriz, tateando as mãos do tradutor, na linguagem imortalizada pela mais famosa surda-cega da História, a americana Helen Keller.

Para outra atriz, Shoshana Segal, de 65 anos, o resultado pessoal do espetáculo é sua inserção social. Através da peça, ela sente que, depois de tantos anos, contribui para a sociedade. Yitzik Hanuna, de 55 anos, vai ainda mais longe. O espetáculo, para ele, deu sentido à sua existência.

- Atuar abriu um mundo novo para mim. Agora, tenho motivo para acordar de manhã. Como diz o nome da peça, não só de pão vive o homem. Todos precisam de uma motivação, de um porquê - diz Yitzik, que nasceu cego e perdeu a audição na infância, depois de contrair meningite.

A ideia de criar o grupo de teatro surgiu há dez anos, depois que Adina foi convidada a ministrar um workshop para surdos-cegos. Dois anos depois, estreava a peça "A luz é ouvida em ziguezague", com direito a apresentações nos Estados Unidos e na Europa. A montagem de "Não só de pão", em 2008, mostrou que o grupo de atores não tinha a intenção de cair no esquecimento.

O sucesso das peças fez com que o projeto se ampliasse para o que é hoje: uma ONG voltada para pessoas surdas, cegas ou surdas-cegas, com oficinas, cursos e espetáculos para adultos e crianças. Dois terços dos 120 funcionários da organização têm alguma deficiência visual ou auditiva.

A atual sede do Nalaga'at fica num armazém renovado no velho porto de Jaffa, subúrbio de Tel Aviv. Além do teatro, o local conta com um café, o Kapish, no qual todos os garçons são surdos, e um restaurante, o BlackOut, servido apenas por garçons cegos (os clientes comem na escuridão total, como se também não pudessem ver). O resultado de tantas atividades é que a ONG quase não precisa de doações para sobreviver.

Tudo isso parece um sonho para Adina Tal, que, há dez anos, nunca tinha visto um surdo-cego na vida. Ela confessa que a vida a surpreendeu.

- Me sinto abençoada. Acho que conheci os atores numa idade em que precisava de desafios. E isso não faltou nos últimos dez anos. Não tive um único dia de chateação - garante.


por Mariherman e retirado de O GLOBO

Jaeson Ma - Love (feat. Bruno Mars)




Now Hollywood wants to make you think
they know what love is.
But I'm a tell you what true love is.
Love is not what you see in the movies.
Its not the ecstasy, its not what you see in that scene
you know what I mean? I'm telling you right now,
true love is sacrifice.
Love is thinking about others before you think about yourself
Love is selfless not selfish. Love is God and God is love.
Love is when you lay down your life for another
Whether for your brother, your mother, your father or your sister
Its even laying down your life for your enemies,
That's unthinkable, but think about that
Love is true
Think.

I'll put you in front of me
So everybody can see
My love, this is my love
I know that I'll be alright
As long as you are my guide
My love, this is my love

Love is patient, love is kind.
It does not envy, it does not boast
It is not proud. Love is not rude, it is not self-seeking
It is not easily angered, it keeps no record of wrongs
You see love does not delight in evil
but rejoices with the truth.
It always protects, always trusts,
always hopes, it always perseveres
Love never fails. Love is everlasting
Its eternal, it goes on and on, it goes beyond time
Love is the only thing that will last when you die
But ask the question why? Do you have love?

I'll put you in front of me
So everybody can see
My love, this is my love
I know that I'll be alright
As long as you are my guide
My love, this is my love

There is no greater love than this
than he who lays down his life for his friends
Now are you willing to lay down your life for your friends?
You're probably willing to lay down your life for your mother
your father, or your best friends
But are you willing to lay down your life
for even those that hate you?
I'm going to tell you who did that
The definition of love is Jesus Christ. He is love
The nails in his hands, the thorns in his brow
Hanging on a cross for your sin my sins
That is love he died for you and me
while we still hated him
That is love
God is true love, and if you don't know this love
Now is the time to know, perfect love

I'll put you in front of me
So everybody can see
My love, this is my love
I know that I'll be alright
As long as you are my guide
My love, this is my love


por Gutojardim achei fuçando no Twitter

Pregação é uma arte




Rob Bell é mais que um pastor da nova geração: é uma figuraça. Fundador da Igreja Bíblica de Mars Hill, em Grand Rapids, Michigan, ele usa elementos inusitados em suas pregações, como um celular que deixa tocando em pleno sermão. Ou então apela para o bizarro, como quando levou uma cabra – isso mesmo, uma cabra – para o púlpito. Autor do livro Jesus quer salvar os cristãos, Bell, de 38 anos, fala em arte, experimentalismo e ruptura com a mesma desenvoltura com que discorre sobre justificação, Trindade e salvação. Seus ensinamentos são uma mistura de imagens, histórias pessoais e exegeses, além de algumas perspectivas provavelmente inéditas nas igrejas. A mensagem, entretanto, é ortodoxa, bíblica e bem informada pela história. O pacote inteiro, Bell diz, é subversivo. Como Jesus. Ele conversou com CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – Por que as imagens são criticadas na pregação de hoje?
ROB BELL – As Escrituras são cheias de imagens. Jesus, por exemplo, disse que o Espírito é como o vento. A mente oriental pensa muito em termos de figuras, enquanto a ocidental trabalho com palavras. Lá, eles pensam, por exemplo: “Jesus é uma rocha”A Oriental pensa, “Deus é uma rocha”. Do lado de cá do mundo, preferimos mencionar o Senhor em declarações de fé.

Pregar é uma forma de arte?
Eu penso que nós temos que recuperar a voz pregadora da poesia profética. Nós temos que recuperar aquele momento quando a pessoa falava “assim diz o Senhor!” e aquilo era a Palavra de Deus, que todo mundo reconhecia. É uma coisa linda. Eu quero recuperar isso como uma forma de arte revolucionária que realmente tem poder para transformar comunidades e culturas. Eu quero ver os poetas, os profetas e os artistas segurando o microfone e dizendo coisas boas sobre Deus. Penso que toda uma forma de arte tem sido perdida e precisa ser recapturada.



Pastores pragmáticos têm se destacado bastante. O que os artistas poderiam fazer de diferente?
Hoje, nós temos “Sete passos para a oração”, “Quatro passos para finanças” etc. Frequentemente, Deus é encolhido nesse processo. No esforço de simplificar as coisas, o Senhor é que acaba simplificado. A verdadeira fé ortodoxa é profundamente misteriosa, e toda questão respondida leva a um novo jogo de perguntas. Os rabinos acreditam que a palavra é como uma pedra preciosa: quanto mais você a gira, mais sua luz é refratada.

Sua pregação mistura estilos e imagens. E as pessoas frequentemente riem. Você pretende entreter as pessoas?
Na universidade meus amigos e eu começamos uma banda justamente quando a música estava começando a ser chamada de alternativa – pré-Nirvana. Nós estávamos escrevendo o nosso próprio material. As pessoas ouviriam, e se gostassem, comprariam a cassete. (Isso. Nós fazíamos cassetes nos nossos quartos). Meu pensamento é que se você vai ver uma banda e não gosta, vai embora. Você não fica em pé por uma banda que você não gosta.
Então meu entendimento em comunicação é que você engaja as pessoas onde elas estão. Se você não faz isso, elas vão embora.
Algumas vezes eu ouço as pessoas dizerem, “a igreja não está aqui para entreter”. Entreter significar segurar a atenção da pessoa, que é claramente o que os professores da escritura estão fazendo. Eles engajam e capturam a atenção.
Mas nós não estamos aqui para divertir. Divertir significa não pensar. E é errado impedir as pessoas de pensar ou distraí-las do pensamento. Eu não estou aqui para divertir. Mas é claro que eu quero engajar as pessoas. Eu tenho algo para dizer.


retirado de Cristianismo Hoje

18 agosto, 2010

When I say… "I am a Christian"




When I say… "I am a Christian" I’m not shouting "I’m clean livin’"
I’m whispering "I was lost, Now I’m found and forgiven."

When I say… "I am a Christian" I don’t speak of this with pride.
I’m confessing that I stumble and need Christ to be my guide.


When I say… "I am a Christian" I’m not trying to be strong.
I’m professing that I’m weak and need His strength to carry on.

When I say… "I am a Christian" I’m not bragging of success.
I’m admitting I have failed and need God to clean my mess.

When I say… "I am a Christian" I’m not claiming to be perfect,
My flaws are far too visible but, God believes I am worth it.

When I say… "I am a Christian" I still feel the sting of pain..
I have my share of heartaches, so I call upon His name.

When I say… "I am a Christian" I’m not holier than thou,
I’m just a simple sinner Who received God’s good grace, somehow!



por Carol Wimmer

Desenhando Fé




Algumas vezes o cristão sente-se abalado quando um acontecimento inesperado sobrevêm.

A dor, a perda, o sofrimento, a injustiça... Aparentemente dá-nos uma sensação ou um comportamento de uma pessoa sem fé.

A fé ou a resposta da fé é desafiadora.

A fé nos ajuda a ver as coisas nos seus devidos lugares, nos faz enxergar melhor, especialmente quando as águas estão turvas e o túnel completamente escuro.

A fé renova, o olhar não fica mais preso à indecisão.

A fé sem conteúdo é uma fé vunerável.

O Senhor Jesus é a base da fé.

A fé nos faz sentir a experiência que desafia a física e a ciência, pois sua definição é : "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem." (Hebreus 11:1)
Só nos resta dizer que, mesmo em momentos inexplicáveis, a fé nos leva a experimentar e sentir o grande amor de Deus e sua infinita misericórdia.


reblogado de Papo de Desenhista (ótimo blog!)

INTERCÂMBIO - JayCBe + OSHES + Só Falta Você



Nesse sábado 21.08 às 18h30 tem INTERCÂMBIO! A galera do JayCBe vai receber o pessoal do OSHES (ICF - Butantã) e do Só Falta Você (ICF - Anália Franco)!

E durante o dia todo (a partir das 10h na ICF - Campo Belo), iremos todos participar de uma ação evangelística na região!

Vai ser loko!!!

Local: ICF - Campo Belo | R. Vieira de Morais, 310

> Arte do evento aqui!
> No dia vá de camiseta preta ou branca
> R$ 10,00 para almoço e lanche
> Ensaio às 10h e ação às 14h


por Gutojardim

Haiti Music School: The Project




The Haiti Music School is an initiative of young people to make a change in the recently destroyed nation of Haiti.

This blog will explain the details of this project, intending to generate worldwide support and funding for this project, and to motivate every reader to be a global change-maker in their communities.

Creativity can change the world, and arts can reach people in a way nothing else can. It is the universal language of the heart.


Tradução:


A Haiti Music School é uma iniciativa de jovens para fazer uma mudança na recente nação destruída do Haiti.

Este blog vai explicar os detalhes deste projeto, com intenção de gerar apoio global e recursos para esse projeto, e para motivar cada leitor para se tornar um global change-maker em suas comunidades.

Criatividade pode mudar o mundo, e as artes podem alcançar pessoas de uma forma que nada mais pode. Está é a linguagem universal do coração.


reblogado de Haiti Music School

Começou o Horário da Palhaçada




E começou o Horário da Palhaçada! As famosas pérolas das eleições! E esse ano temos candidatos de peso como Ronaldo Esper e suas agulhadas, a mais nova discípula do póstumo Enéas além de seu cover, o filho do "Oiiiii Genteeee!", e o esposo da Mara Maravilha, mas o melhor de todos, é o Tiririca... Afinal pior que tá não fica! Hahaha!

Desse jeito fica difícil até para o Marcelo Adnet, que zuando tem muito mais cara de político que esses caras ai!




Mas uma coisa se destaca no discurso do Tiririca, nós não sabemos o que um Deputado Federal faz, ninguém ensina isso para o povo nem para os próprios políticos, para descobrir você tem que correr atrás da informação, afinal ensinar a sociedade sobre seus direitos, estrutura organizacional, política e governo não é obrigação, agora o nosso voto sim, esse é obrigatório afinal sem ele não haveria democracia, ou poderiamos chamar de pseudo-democracia? Mas até que ponto isso é fruto do nosso comodismo? Como bem canta Derek Webb na música A New Law:

"don’t teach me about politics and government | just tell me who to vote for"


por Gutojardim

Visitas ao inferno




Já visitei o inferno. Estive lá em vida. Já entrei em suas câmaras horrendas diversas vezes. Em todas, padeci muito. Nada sei sobre o "Hades" mencionado pelos religiosos. Aquele que jaz embaixo da terra e começa depois da morte não me interessa. O inferno que já conheci e que me machuca fica aqui mesmo, na terra dos viventes.

Já estive no inferno do engano. Há algum tempo, visitei um parque suíço, em Zurique, para onde convergiam os toxicômanos da cidade. Subi o viaduto que atravessa o parque e do alto contemplei um cenário surreal e dantesco. Lama, lixo e fezes, atolavam rapazes e moças naquele submundo. Ali não existiam humanos, apenas carcaças ambulantes. Naquela mesma noite, no avião, desejei dormir profundamente só para fugir do que testemunhara. Eu preferia qualquer pesadelo a ter que conviver com aquele cenário, tão real. Perguntei-me diversas vezes quem eram aqueles jovens. E porque se revoltavam contra o sistema. Se tentavam ser livres, criaram uma masmorra. Acabaram construindo o inferno com as próprias mãos.

Daquele dia, despertei: o Lago de Enxofre permeia o mundo em que existo. Cada um daqueles jovens tinha um pai. Um pai que pranteia porque não sabe como apagar as labaredas medonhas do lago de enxofre.

Já estive no inferno da culpa. Hoje sei que nenhum tormento provoca maior dor que a culpa. Qualquer mulher culpada sabe o tamanho de sua opressão. Qualquer homem culpado fala que os ossos derretem com uma consciência pesada. Culpa é ácido. A culpa avisa que o passado não pode ser revisitado. Assim as pessoas se submetem a carrascos internos e esperam redenção através de açoites. A dor da culpa lateja como um nervo exposto.

Os culpados procuram dissimular o sofrimento com ativismos, divertimentos e até promiscuidade. Mas a culpa não cede; persegue, persegue, até aniquilar iniciativa, criatividade e esperança. Recordo quando, no final de uma reunião, uma mulher me procurou pedindo ajuda. Seu marido se suicidara de forma violenta. Depois de enroscar uma tira de couro no pescoço, deu partida em um motor, que não só o estrangulou como lhe decepou a cabeça. Mas antes, ele procurou vingar-se. Deixou uma nota responsabilizando a mulher pelo gesto trágico. Diante da tragédia, aquela pobre mulher, desorientada e aflita, não sabia como sair do cárcere que o marido meticulosamente construíra.

Já estive no inferno da maldade. Conheci homens nefastos. Sentei-me na roda de ímpios. Frequentei sessões onde o martelo inclemente da religião espicaçou inocentes. Vi sacerdotes alçando o vôo dos abutres. Semelhante às tragédias shakespeareanas, eu próprio senti o punhal da traição rasgar as minhas vísceras. Fui golpeado por suspeitas e boatos. Com o nome jogado em pocilgas, minha vida foi chafurdada como lavagem de porco. Senti o ardor do inferno quando tomei conhecimento da trama que visava implodir o trabalho que consumiu meus melhores anos. E eu não sabia como reagir.

Portanto, quando me perguntam se acredito no inferno, respondo que não, não acredito. Eu o conheço! Sei que existe. Eu o vejo ao meu redor. Inferno é a sorte de crianças que vivem nos lixões brasileiros. Inferno é o corredor do hospital público na periferia do Rio de Janeiro. Inferno é o campo de exilados em Darfur. Inferno é a vida de meninas que os pais venderam para a prostituição. Inferno é o asilo nos Estados Unidos, que não passa de um depósito onde os velhos esperam a morte.

Um dia, aceitei a vocação de lutar contra esses infernos que me rodeiam, assustam e afrontam. Ensinei e continuo a ensinar que Deus interpela homens e mulheres para que lutem contra suas labaredas. E passados tantos anos, a minha resposta continua a mesma: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Acordo todos os dias pensando em acabar com os infernos. Gasto a minha vida para devolver esperança aos culpados; oferecer o ombro aos que tentam se reconstruir; usar o dom da oratória para que os discriminados se considerem dignos. Luto para transformar a minha escrita em semente que germina bondade em pessoas gripadas de ódio. Dedico-me ao estudo porque quero invocar o testemunho da história e mostrar aos mansos que só eles herdarão a terra onde paz e justiça se beijarão.

Soli Deo Gloria
Ricardo Gondim


reblogado de Fora da Zona de Conforto

A Difícil Arte de Jogar Fora




Amo editar.

Na edição é possível cortar todos os erros daquilo que uma pessoa falou.
Ou é possível deixar somente as coisas erradas que ela falou.

Com a edição é possível transformar uma mesma cena original nos mais variados estilos.
Dependendo da sequência de cortes, dependendo da velocidade das imagens, dependendo da trilha sonora é possível transformar um drama em um comédia; um pastelão em documentário; um casamento em terror.

Talvez isso seja o que me fascine.
Gosto de transformar as "sobras" de vídeo em bem elaborados "erros de gravação".
Gosto de pegar um detalhe e transformá-lo no centro das atenções.
Gosto de esconder os erros mais gritantes e ficar com um sorriso maroto nos lábios [ sendo o único a saber como foi feita a correção ].

Mas muitas vezes sinto certa dor em editar.
Acontece quando é preciso sintetizar, por questões de excesso de tempo, a fala de uma pessoa.
Nesse momento sou transformado em censor.
Fico com receio de calar uma voz que precisa ser ouvida.
Fico com receio de abafar talvez o único momento de uma pessoa poder falar ao mundo sobre sua vida, seus sentimentos, seus pensamentos.

Alguém falou que editar é "a arte de jogar fora".
É uma arte difícil.
Ser o juiz daquilo que deve permanecer na edição final não é fácil.
Escolher os melhores momentos e deletar os menos importantes exige uma dose de sangue frio.
Porém é um trabalho que precisa ser feito.
A edição final precisa conter somente os melhores momentos.
Não é possível assistir a tudo.

Passo muito trabalho para editar minha vida.
Tenho dificuldades para jogar fora seus piores momentos.
Esses momentos teimam em voltar e voltar e voltar ao meu campo de visão.
No "documentário da retrospectiva de minha vida" os momentos tristes e desastrosos saltam aos meus olhos.
Esses momentos insistem em serem estrelas da edição final.
Minha luta de cada dia é para afastar os momentos tenebrosos da lembrança.
Retirar o medo do caminho.
Desobstruir da mente situações do passado que me envergonham.

Ainda bem que posso editar.
Vou pegar todos esses momentos tristes e reeditar.
Vou colocar uma trilha sonora cômica nos acidentes e rir assitindo com meus amigos.
Nas cenas de solidão colocarei uma música erudita em imagens bem lentas para parecer contemplativo. Juntarei todas as imagens de amigos do presente e do passado para não esquecer de nenhum deles. Todos as cenas de família seram remontadas mantendo somente os momentos felizes.
De todas essas edições farei um compacto bem ritmado. Rápido. Fulminante. Eletrizante. Como um filme de aventura.

Esse compacto quero assistir no início de todas as manhãs de minha vida.


reblogado de Nataniel Scheffler: Algumas reflexões minhas sobre a vida.

17 agosto, 2010

Hélvio Sodré - Último Ato




O palco já preparado
Começo de um estreia
E no roteiro da peça
A vida de mais alguém

As expressões mais distintas
Estão na dramaturgia
A trama se realiza
Em torno de uma rotina

E quando as luzes se apagam
A vida então se revela
Nem sempre se ouve os aplausos
Mas sempre a cortina se fecha

A vida além do teatro
A vida além da novela
Além do último ato
Existe vida eterna


Sexo, Deus e Katy Perry por Gerson Ortega




Lendo um artigo do Pavablog, resolvi pegar algumas frases da Katy Perry, cujo verdadeiro nome é Katy Hudson, e comentar um pouco sobre a realidade espiritual e a visão dessa moça, hoje superstar e sex simbol de toda uma geração, cujos pais são pastores pentecostais, cristãos radicais, segundo ela.

“Falar em línguas é tão normal para mim como ‘Passe o sal’… É um segredo, uma linguagem para a oração direta com Deus… Meu pai costuma falar em línguas, enquanto minha mãe interpreta. Esse é o dom deles… Quando pequena, eu não podia dizer que eu tinha sorte, porque minha mãe preferia que disséssemos ‘somos abençoados’. Ela também não achava que lucky (sortuda, em inglês) tinha um som parecido com a palavra Lúcifer… Eu não podia comer o cereal Lucky Charms (amuletos da sorte), mas acho que era por causa do açúcar. Creio que minha mãe mentiu para mim sobre isso” - Rolling Stone, agosto de 2010.

Interessante pensar que a Palavra fala sobre “falar em línguas para própria edificação… e se houver interpretação, que a façam pois mais pessoas podem ser edificadas”. Fica claro para mim também que línguas nunca foram e nunca serão “garantia” ou ” sinal” de santidade. Santidade é a vida, os atos, a coerência e não a forma, a plasticidade, a aparência, a reputação de “santo”. Paulo, certa vez, disse que falava em línguas mais do que todos aqueles que questionavam seu ministério, mas isso para ele, não era seu principal “cartão de visitas”. Será que na vida as coisas que acontecem são sorte/azar como uma moeda atirada para cima??? O que a Bíblia diz a respeito???

“Todas as coisas cooperam para o bem…”

“Fico chateada quando vejo Russell [Brand, ator e seu noivo], usando o nome do Senhor em vão e Lady Gaga colocar um rosário na boca. Acho que quando você mistura sexo e espiritualidade no mesmo recipiente e sacode bem, algo ruim acontece. Sim, eu disse que beijei uma garota. Mas não disse que beijei uma garota enquanto transava com um crucifixo.” - Rolling Stone, agosto de 2010

Interessante: parece que há alguma sementinha que foi plantada na vida dessa moça, mas “ser livre”, “transar com quem quiser, como quiser “, são espinhos que podem sufocar a semente. Afinal se pode beijar uma garota, por que não transar com um crucifixo???… seguindo a mesma “lógica”!! Sexo e espiritualidade não se conectam???? Bem, que sexo, que contexto, com quem, em que situação????

“Seja bendito o leito sem mácula…”

“Minha criação religiosa foi comicamente rígida, proibiram até mesmo de termos em casa qualquer coisa cujo nome remetesse ao diabo. Em nossa casa, não podíamos nem mesmo chamar ovos apimentados pelo seu nome popular. Ao invés de deviled eggs (ovos do demônio), tínhamos de chamá-los de “ovos angelicais”. (...)

A aparência do mal é e sempre será um desafio para os que se chamam cristãos. Novamente, formalidade e plasticidade em uma maneira de ser, podem não ser a resposta, mas evitar a aparência do que é mal é sempre bíblico. No VT Deus orientou o povo de Israel a evitar uma série de situações que hoje para alguns poderiam parecer “cômicas”. No NT, Jesus começa a destrinchar esse entendimento explicando, por.ex., que “aquele que olha para uma mulher com intenção impura, no seu coração JÁ adulterou com ela”.

Cômico? Rígido?

(...) Nunca fomos autorizados a falar palavrão. Eu sempre tinha problemas quando dizia “que inferno”… Só podíamos escutar música gospel. Não admira que eu me rebelei.“ - Celebrity Blend, 2009

“A boca fala do que o coração está cheio” …não creio que o problema é “autorizar ou não” a falar palavrões… O apóstolo Paulo fala sobre “evitar palavras torpes” porque não edificam. Tudo que eu xingo, amaldiçoo, mostra que não acredito que haja alguém que está no controle de tudo.

Até hoje se discute sobre ouvir ou não música não cristã. Filpenses 4:8 fala de tudo que é bom, de boa fama, se há virtude, se há louvor, nisso pensai” Será que essa palavra ainda vale para hoje? Como torná-la prática, e não “obrigatória”?

“Eles são um tipo diferente de cristãos. São até modernos. Sabe, às vezes as pessoas imaginam meus pais vestidos sempre como um pastor ou um padre. Não, na verdade, meu pai tem quatro tatuagens… ele é uma espécie de pastor rock and roll moderno“ - Beliefnet, janeiro de 2009

Os pais são até modernos, mas não me deixam transar com o crucifixo, ou não me deixam falar palavrão, e tem até quatro tatuagens!!! Uau! Que pai incrível! Mas sua filha tem raiva dele porque não a deixou descobrir um “novo mundo”?!?!?! Será que há algum grau de coerência aqui???

“Quando comecei a cantar música gospel, minha perspectiva das coisas era bem limitada e rígida. Tudo em minha vida estava muito ligado à igreja. Não sabia que existia um outro mundo além daquele. Por isso, quando saí de casa e vi tudo isso, pensei ‘Meu deus, caí no buraco do coelho branco e existe todo esse mundo de Alice no país das maravilhas aqui’” - Revista The Scotsman, 2009

Será que o mundo do chamado “cristão” se revela tão limitado assim? Será que nossa experiência com Deus não transcende sexo, rock and roll, drogas, e outras buscas chamadas “um novo mundo não descoberto” ?

Será que Katty conheceu a Jesus ou foi introduzida a uma religião…um conjunto de maneiras e atitudes não centradas no amor de Deus, na Palavra e no seu incrível sobrenatural?

Será que a criação de filhos hoje está meio “perdida” sem parâmetros ou coerência de vida e caminhada?

Será que o Espírito Santo está de férias?

Ou será que ninguém O procura mais?

Ou será que Jesus não é mais o mesmo ontem , hoje e eternamente???

O que você acha?


Comentários de Gerson Ortega
Com informações da Rolling Stone e da Flavorwire.
Tradução e edição: Jarbas Aragão


reblogado de Ministério Gerson Ortega

Você pode escolher o bem




"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." (Gálatas 6:9)

Há muitas pessoas cujo trabalho é fazer diretamente o bem. Por exemplo, um bom e honesto médico (ou médica) tem como prática buscar a restauração da saúde dos enfermos. Com seu conhecimento eles beneficiam os doentes providenciando cura ou alívio do sofrimento.

Um bombeiro diariamente trabalha com possibilidade de salvar vidas em situações de risco. São treinados para agir arriscando a própria vida a fim para livrar outros da morte, quer seja num edifício em chamas, nas águas revoltas de uma enchente, por entre destroços de um desabamento, etc.

Já pensou se um médico dissesse: - Cansei de fazer o bem; desisto. A partir de hoje escolho o mal. Vou adoecer pessoas e não curá-las. O que pensaríamos dele? Passaríamos bem longe de seu consultório! Na verdade ele seria um caso de polícia. Acabaria preso. E se o bombeiro dissesse: - Cansei de fazer o bem. Não vou salvar ninguém que esteja em perigo! Como o consideraríamos? Certamente alguém que perdeu o juízo.

O apóstolo Paulo nos orienta a não nos cansarmos de fazer o bem porque no tempo certo vamos colher frutos do bem que escolhemos fazer. Se desistirmos, nossa semeadura e colheita serão frustradas. Um cristão deve escolher o bem sempre. A palavra bem neste texto poderia ser traduzida como: bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável. Escolher o bem em vez do mal é um princípio divino que acolhemos no coração quando nos convencemos da verdade. E são estas atitudes, condutas e escolhas genuinamente cristãs que calam os que contrariam a Deus:

"Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus." (1 Pedro 2:15,16)

Um garoto foi pescar com o pai. Ansioso preparou vara, linha, anzóis e iscas. Eram dez horas da noite. A temporada de pesca da perca (um peixe de água doce) começaria a partir da meia-noite. Outros peixes poderiam ser pescados, mas a perca só depois da meia-noite. Era a lei que preservava a reprodução daquela espécie.

Enquanto o pai se preparava para a noite de pesca, o menino lançou a sua vara no lago. Rapidamente sentiu que um peixe fisgara a isca e não era um peixe comum. A força era anormal. Gritou para o pai pedindo ajuda. Deveria ser um peixe do tamanho que nem ele nem seu pai havia pescado antes. Cuidadosa e lentamente começou a trazê-lo. Quando o tirou da água era de fato uma imensa, enorme, grandiosa e arfante perca.

Ambos ficaram em silencio por um tempo. O garoto então disse: - Pai, nós nunca pescamos um peixe deste tamanho! O pai concordou com a cabeça e olhou para o relógio respondendo: - É uma beleza de peixe! Nunca pescamos um desse tamanho, filho! Mas é uma perca. Ainda não é hora em que podemos pescá-lo. O garoto ainda olhou ao redor a tempo de perceber que não havia ninguém que pudesse ver o que eles pescaram. Ainda disse como num lamento: - Faltam menos de duas horas... Talvez eu nunca mais pesque um desse tamanho novamente. E o pai também lamentando: - É verdade filho. É bem provável que nunca mais consigamos pescar um desses. Mas temos que devolvê-lo ao lago.

Calado e obedientemente o garoto tirou o anzol da boca do peixe e o devolveu à água a ponto de vê-lo volumoso mover a superfície e sumir na escuridão das águas. E, como havia previsto, nunca mais conseguiu pescar uma perca daquele tamanho.

O menino cresceu, no entanto compreendeu a importância daquele momento em sua vida. Seu pai o ensinara que fazer o certo é o melhor em qualquer situação ou circunstância da vida. Mesmo quando ninguém está olhando. Agora ele colhia os frutos daquela escolha. O princípio de não se cansar de fazer o bem, o correto, o recomendado, o apropriado ficou interiorizado em seu coração e, por isso, podia dar graças a Deus.

"Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus." (3 João 1:11)


Devocional CRE - 09.08.10
Joubert de Oliveira Sobrinho



reblogado de Em Família por Joubert