04 agosto, 2009

Aqui, Além e Agora



A Igreja Cristã da Família, ao longo de sua história, sempre promoveu e assumiu responsabilidades missionárias. Em alguns momentos o fez com intensidade; em outros, lentamente. Nossas experiências foram, em sua maioria, positivas. Cada um dos envolvidos nos projetos em vários estados do Brasil e em outros países pode contar os resultados da empreitada. A obra de Missões aponta para a saúde espiritual da igreja. Uma igreja saudável tem missões como prioridade. Ausência de ações nesta área demonstra imaturidade, fragilidade ou até enfermidade espiritual.

Historicamente constatamos que as maiores ações missionárias ocorrem quando há uma liderança visionária e uma igreja consciente, comprometida e bem informada. Pelo menos foi nesse contexto que eu e minha esposa tivemos nossa maior experiência em missões. Há mais de 20 anos, priorizou-se estabelecer uma igreja forte no nordeste do Brasil, sul do estado do Piauí, na cidade de Avelino Lopes. Em meio a erros e acertos os esforços redundaram em sucesso. Hoje temos quase uma dezena de igrejas na região, levando em consideração os novos pontos de pregação.

Porém, a visão precisa ser constantemente renovada, ampliada, reavaliada. É preciso olhar o que já foi feito e visualizar o que ainda podemos fazer; levar em consideração que nosso trabalho não acabou; nosso chamado continua e vai além. A necessidade é a mesma de vinte anos atrás: Jesus precisa ser pregado e a igreja precisa ser implantada onde há falta dela. Sempre houve e sempre haverá o risco de esfriarmos nossas ações missionárias. Tendemos a nos acomodar e a aplicar a política do "menor trabalho"; ou da espera da "melhor oportunidade" - que nunca chega ou sempre passa.

Hoje a Igreja Cristã da Família é constituída por várias igrejas associadas. Muitas dessas igrejas fruto do trabalho missionário de igrejas mais antigas. Porém, a continuidade do trabalho missionário se faz com igrejas saudáveis que priorizam esta ação como parte de sua razão de existir. Por isso Missões é parte de nossa identidade, configurando um de nossos Pilares. É a igreja local que vai insuflar ânimo, despertar chamados, preparar vocacionados e enviar missionários. Insisto que esse é o trabalho mais elevado de uma igreja. Todos os demais apontam para ele.

Bruce L. Shelley em seu livro História do Cristianismo ao Alcance de Todos (ed. Shedd Publicações) mostra três razões da expansão do cristianismo nos primeiros séculos.

* Primeiro, os cristãos eram movidos por uma convicção inabalável. Eles estavam conscientes de terem conhecido o Messias e não podiam guardar para si as notícias da salvação. Se necessário fosse dariam a vida para demonstrar essa verdade.
* Segundo, o evangelho apresentado foi ao encontro das profundas necessidades do coração das pessoas. Isto é, a pregação do evangelho supria e satisfazia.
* Terceiro, a expressão prática do amor cristão era visível e impactante até para os pagãos que reconheciam dizendo: "Vejam como esses cristãos se amam"(escreveu Tertuliano).

Tenho a impressão que nossa igreja pode fazer muito mais do que tem feito. Você pode avaliar estes três fatores, quer em sua igreja ou em sua própria vida, e concluir se alguma coisa está faltando. Há convicção inabalável da fé? O evangelho pregado ou, melhor, vivido alcança os corações? Há prática de amor cristão genuíno e visível aos incrédulos? Se há sejamos missionários aqui, além e agora.


por Joubert no blog Em Família

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