22 setembro, 2010

A comovente história de Helen Berhane




Em outubro de 2007 a cantora Helen Berhane, que passou mais de dois anos e meio presa e incomunicável, sem acusação ou julgamento, no campo militar de Mai Serwa, recebeu abrigo em um país da Europa. Helen estava entre os 2 mil presos membros de igrejas evangélicas proibidas na Eritréia, país da África, incluindo a dela, a Igreja Rema, que foi submetida à perseguição sistemática por parte do governo eritreu nos últimos quatro anos.

A cantora, de 31 anos, passou a maior parte do tempo de sua prisão em condições desumanas e degradantes, dentro de um contêiner de metal que era usado como cela. A tortura que mais exerceram sobre Helen Berhane foi atá-la, mãos e pés atrás das costas, de cara virada para o chão e, espancada repetidamente. As autoridades, segundo relatos, a torturaram várias vezes para fazê-la renunciar à sua fé. Em outubro de 2006, ela deu entrada em um hospital de Asmara em conseqüência de novas agressões. Depois de sair do hospital, ela foi mandada de volta para a prisão. Helen foi libertada no final de outubro, mas estaria confinada a uma cadeira de rodas em virtude dos sucessivos ferimentos sofridos nos pés e nas pernas. Ela se recusou a abandonar sua fé, apesar das ameaças e dos maus-tratos.

Helen Berhane encontra-se visionada por tratamento médico em conseqüência de toda a tortura a que foi sujeita.

Apesar de a liberdade de religião ser um direito consagrado na Constituição da Eritreia, membros de cerca de 35 Igrejas Cristãs Evangélicas enfrentam perseguições.


reblogado de Se parar pra pensar... por Kênia Siqueira

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