17 agosto, 2010

Você pode escolher o bem




"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." (Gálatas 6:9)

Há muitas pessoas cujo trabalho é fazer diretamente o bem. Por exemplo, um bom e honesto médico (ou médica) tem como prática buscar a restauração da saúde dos enfermos. Com seu conhecimento eles beneficiam os doentes providenciando cura ou alívio do sofrimento.

Um bombeiro diariamente trabalha com possibilidade de salvar vidas em situações de risco. São treinados para agir arriscando a própria vida a fim para livrar outros da morte, quer seja num edifício em chamas, nas águas revoltas de uma enchente, por entre destroços de um desabamento, etc.

Já pensou se um médico dissesse: - Cansei de fazer o bem; desisto. A partir de hoje escolho o mal. Vou adoecer pessoas e não curá-las. O que pensaríamos dele? Passaríamos bem longe de seu consultório! Na verdade ele seria um caso de polícia. Acabaria preso. E se o bombeiro dissesse: - Cansei de fazer o bem. Não vou salvar ninguém que esteja em perigo! Como o consideraríamos? Certamente alguém que perdeu o juízo.

O apóstolo Paulo nos orienta a não nos cansarmos de fazer o bem porque no tempo certo vamos colher frutos do bem que escolhemos fazer. Se desistirmos, nossa semeadura e colheita serão frustradas. Um cristão deve escolher o bem sempre. A palavra bem neste texto poderia ser traduzida como: bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável. Escolher o bem em vez do mal é um princípio divino que acolhemos no coração quando nos convencemos da verdade. E são estas atitudes, condutas e escolhas genuinamente cristãs que calam os que contrariam a Deus:

"Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus." (1 Pedro 2:15,16)

Um garoto foi pescar com o pai. Ansioso preparou vara, linha, anzóis e iscas. Eram dez horas da noite. A temporada de pesca da perca (um peixe de água doce) começaria a partir da meia-noite. Outros peixes poderiam ser pescados, mas a perca só depois da meia-noite. Era a lei que preservava a reprodução daquela espécie.

Enquanto o pai se preparava para a noite de pesca, o menino lançou a sua vara no lago. Rapidamente sentiu que um peixe fisgara a isca e não era um peixe comum. A força era anormal. Gritou para o pai pedindo ajuda. Deveria ser um peixe do tamanho que nem ele nem seu pai havia pescado antes. Cuidadosa e lentamente começou a trazê-lo. Quando o tirou da água era de fato uma imensa, enorme, grandiosa e arfante perca.

Ambos ficaram em silencio por um tempo. O garoto então disse: - Pai, nós nunca pescamos um peixe deste tamanho! O pai concordou com a cabeça e olhou para o relógio respondendo: - É uma beleza de peixe! Nunca pescamos um desse tamanho, filho! Mas é uma perca. Ainda não é hora em que podemos pescá-lo. O garoto ainda olhou ao redor a tempo de perceber que não havia ninguém que pudesse ver o que eles pescaram. Ainda disse como num lamento: - Faltam menos de duas horas... Talvez eu nunca mais pesque um desse tamanho novamente. E o pai também lamentando: - É verdade filho. É bem provável que nunca mais consigamos pescar um desses. Mas temos que devolvê-lo ao lago.

Calado e obedientemente o garoto tirou o anzol da boca do peixe e o devolveu à água a ponto de vê-lo volumoso mover a superfície e sumir na escuridão das águas. E, como havia previsto, nunca mais conseguiu pescar uma perca daquele tamanho.

O menino cresceu, no entanto compreendeu a importância daquele momento em sua vida. Seu pai o ensinara que fazer o certo é o melhor em qualquer situação ou circunstância da vida. Mesmo quando ninguém está olhando. Agora ele colhia os frutos daquela escolha. O princípio de não se cansar de fazer o bem, o correto, o recomendado, o apropriado ficou interiorizado em seu coração e, por isso, podia dar graças a Deus.

"Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus." (3 João 1:11)


Devocional CRE - 09.08.10
Joubert de Oliveira Sobrinho



reblogado de Em Família por Joubert

Um comentário:

Gutojardim disse...

Muito bom esse texto do Queridão!

Escolher fazer o bem faz parte do sentimento cristão! Não é simplesmente seguir um mandamento, está muito mais ligado ao sentido da nossa fé!