05 novembro, 2009

Um Novo Cântico



Quando o Senhor me livrou de um lamaçal e me firmou numa rocha, dizia Davi, ele colocou um cântico novo em meus lábios, um hino de louvor, de reconhecimento ao Senhor meu Deus. Davi fala sobre um cântico novo. Uma das possíveis interpretações nesse texto para mim, seria um cântico recente. Novo no sentido de ser recente, de não ser sobre coisas que aconteceram a muito tempo e sim daquilo que ainda está fresco na minha mente. Era como se Davi tivesse aconselhando sobre ter um reconhecimento sobre Deus, não daquilo que ele fez no passado, mas daquilo que faz agora no presente.

Como é facil para nós ficarmos lembrando o tempo quando tudo era muito tranquilo. Ou de quando nós récem tínhamos correspondido às diversas iniciativas de Deus por nós. Sobre como era bom aquele tempo em que tudo era tão novo, tão simples, tudo tão romântico e perfeito. Às vezes aparenta que nosso Deus estava presente em nossa realidade no passado como jamais estará.

Mas espera, o que é isso que Davi está falando? Não é sobre um cântico antigo colocado em meus lábios e sim um novo, recente, fresco cântico. E este não é um cântico de tristeza, nem de luto ou decepção, muito menos de nostálgia. Não é também um cântico de esperança, ou coisa parecida. Não proclama o futuro, nem relembra o passado. Mas sim um cântico novo, (lembre-se recente, fresco) um hino de louvor! De reconhecimento!

Re-co-nhe-ci-men-to. Só é possivel reconhecer aquilo que um dia foi conhecido. Para reconhecer é preciso conhecer primeiro. Faz-se necessário relacionamento. Conhecimento. Andar juntos. Companheirismo. Ouvir a voz. Ouvir de novo. Falar, uma, duas, três vezes. Discordar um do outro. Convencer um ao outro. Quando conhecendo a Deus, fica mais simples reconhecer o seu agir.

Às vezes, quando o Senhor parece ausente ou distante, não conseguimos reconhecer as pistas que ele deixa sobre seu mover. Por que? Será que não o temos conhecido suficientemente? Será que temos nos permitido ficar alheios diante de tal sensação, como se realmente pudéssemos nos ausentar dele?

Não deixe que o corriqueiro, o cotidiano, roube você da presença de Deus, de tal forma que você fique alheio ao que ele tem realizado. Por menor que seja seu agir, por mais singelo e puro que seja o sussuro da sua voz durante a tempestade. Se você o tem conhecido poderá reconhecê-lo, mesmo numa simples brisa e então um cântico recente, fresco, “NOVO” brotará em seus lábios.


por Marco Faria retirado de marcofaria.wordpress

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