06 julho, 2009

We're All in This Together




Não é difícil perceber que há um grande desequilíbrio e que as coisas não estão bem. Mas eu acho que pra mim, isso afeta meu lar, se eu parar pra pensar nesse momento, porque está acontecendo AGORA MESMO!

No mesmo instante em que você tem uma geração que se diverte assistindo a reality shows na TV (que, pra ser honesto, de real não tem nada) uma criança está sendo prostituída a portas fechadas, tendo sua inocência roubada!

Não é justo que nós possamos consumir qualquer oferta material a nossa frente enquanto o órfão e a viúva são excluídos de qualquer dignidade de vida porque são vítimas de um conflito que simplesmente não é deles.

Não é justo que uma geração esteja aumentando seu quadro de obesidade enquanto que diariamente 30 milhões de pessoas morrem por falta do que comer.

Não é justo que não vejamos problema em pagar 3 ou 4 dólares por uma água de torneira filtrada em uma garrafa com rótulo bacana, enquanto existem comunidades inteiras que sofrem com doenças, porque a única água a que eles têm acesso é parada e poluída!

Não é justo que possamos cantar, dançar e pular em liberdade ao mesmo tempo em que os escravos permanecem cativos, fora de nossas vistas, fora de nossos pensamentos.

Não é justo que possamos sentar e assistir o noticiário da noite no conforto de nossas salas e sentir pena daqueles que sofreram por causa de uma tempestade, um terremoto ou uma enchente e simplesmente sentir pena dessas pessoas e então mudamos de canal pra assistir alguma novela.

É justo passarmos por um sem-teto e não lhe darmos nada com a desculpa de que ele irá gastar tudo com bebida ou cigarros? Ou mandá-lo levantar e arrumar um emprego?

Quem somos nós para julgar o álcoolatra ou a prostituta, o viciado ou o criminoso como se fôssemos melhores que eles?

Quem somos nós para esquecer o injustiçado, o oprimido ou o marginalizado enquanto corremos atrás dos nossos próprios sonhos?

Nós vemos esse desequilíbrio e pensamos: "Cara, isso não tá certo! Isso não é justo!" Mas permanecemos alheios a tudo isso. Porque pra nós, fazer alguma coisa nos trará algum custo.

E se é assim que tudo termina então seja justo afirmar que quando ignoramos a prostituição infantil estamos, na realidade, emprestando nossa mão para seu abuso. Quando ignoramos o órfão ou a viúva em seus sofrimentos estamos acrescentando-lhes dores. Quando ignoramos o escravo que permanece cativo, somos nós que o estamos escravizando! Quando nós nos esquecemos do refugiado, somos nós que o desabrigamos! Quando decidimos não ajudar o pobre e o necessitado, estamos roubando-lhes.

Talvez a única coisa justa a dizer é que quando esquecemos que os mandamentos são sobre isso estamos esquecendo de nós mesmos.


por Joel Houston

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