09 setembro, 2010

Nos bares da vida




Muitas coisas nos chamam a atenção no ambiente das grandes cidades, a velocidade do trânsito, a diversidade arquitetônica, o volume dos ruídos, o comportamento tão diferente das pessoas. Também existe os lugares pitorescos e acolhedores como os bares, ali grandes teorias são debatidas, “revoluções são deflagradas", nascem canções e poemas, e resolve-se em segundos os problemas da sociedade. Lá onde os fracassos amorosos, políticos e acadêmicos são afogados, como forma de sepultar o que já era, a fim de ressurgir para uma nova etapa.

A cada dia que passa a velocidade das mudanças aumenta, novas leis, novas palavras de ordem, novos conceitos e a vida cada vez mais complexa. De um lado o luxo de outro o lixo, de um lado a escassez de outro fartura e os fantasmas da violência, da morte, da indiferença. E a gente vai vivendo, vendo o mundo pela janela (quanto mais alta melhor), na esperança de que cheguemos a algum lugar, de que as duras realidades da vida não nos atropelem.

Enquanto a vida passa, nos bares da vida o povo celebra, a turma se encontra, e a gente se vê refletido no copo, e no reflexo a gente se olha, se olha, se olha e aí silêncio. Olhos fixos na imagem refletida enquanto mente e espírito dialogam, e no meio de tantos risos, discursos e agitação estamos sozinhos, desarmados, frágeis e inseguros. Nestes momentos somos verdadeiros, deixamos de representar os papeis secundários com que diariamente lutamos para assumir o centro do palco neste grande monólogo. No abrir das cortinas, com os olhos fitos na imagem refletida, indagamos: existe significado permanente para vida? Pedimos outra dose, decidimos testar um novo sabor, uma nova experiência, contudo permanece a dúvida, e a insatisfação (fiel companheira).

Buscamos pôr algo capaz de alterar profundamente a qualidade de nossas vidas, um encontro significativo que promova uma nova ordem interior, libertando-nos das forças que nos oprimem.
O que pode provocar mudança tão radical? Poderia alguém passar pôr esta metamorfose? As respostas para estas perguntas estão em Jesus Cristo.

Certa ocasião (João 2:1-12), Jesus como convidado em um casamento recebeu de sua mãe um pedido para solucionar uma situação emergencial; o vinho acabara. Passado algum tempo, Jesus pediu aos empregados que enchessem os potes com água, e logo em seguida ordenou que um pouco daquela água fosse levada ao responsável pela festa. Ao provar verificou que estava saboreando um vinho de qualidade infinitamente superior àquele que até então estava sendo distribuído, o que provocou admiração uma vez que o costume daquela sociedade era distribuir primeiro o melhor vinho, depois o de qualidade inferior.

Este foi o primeiro milagre de Jesus, e ainda hoje ele vai ao encontro daqueles que desejam transformar suas vidas já sem sabor em vinho de qualidade superior. Para alguns a festa continua, mas já não tem o que ou com que celebrar, é para estas vidas/festas que Jesus quer ser convidado, para que ali ele possa fazer o milagre da transformação.

Nos bares da vida falta o último copo, o de melhor sabor que esta nas mãos de Jesus. Os que forem ao seu encontro receberam dele a verdadeira Vida, amizade com Deus. Os que insistirem em procurar de bar em bar, perpetuarão um estado de insatisfação e angustiosa procura, disfarçados pôr sorrisos, títulos, aparência que ao se refletir no copo revelará sua realidade, começando o grande monólogo.

A resposta definitiva está no vinho do final da festa. Quando acabar tua esperança em tudo aquilo que o dinheiro, poder ou capacidade pode conseguir, só restara água (sua vida), leve-a Jesus, o único que poderá transformá-la.


reblogado de ABU - Sampa

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